Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e presidente da Rússia, Vladimir Putin AFP
Essa medida "é a consequência inevitável do caminho extremamente russofóbico que o atual governo americano está seguindo", disse o Ministério das Relações Exteriores da Rússia em comunicado.
No total, 13 personalidades americanas são alvo dessas sanções, cuja natureza exata não foi especificada.
Os Estados Unidos anunciaram nesta terça novas sanções econômicas contra o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, e sua esposa, assim como outras pessoas e uma entidade russa, por corrupção e violações de direitos humanos, disse o Tesouro em comunicado.
Essas sanções miram em Lukashenko, aliado do presidente russo Vladimir Putin, e "chefe de um governo corrupto em Belarus, cuja rede de patrocínio beneficia sua comitiva e seu regime", bem como sua esposa, afirmou o Tesouro.
As medidas fazem parte de um conjunto de sanções internacionais contra a Rússia e Belarus, isso é devido a algumas das tropas russas terem invadido a Ucrânia pelo país.
Além disso, uma juíza de Moscou, Natalia Mushnikova, foi sancionada sob a Lei Magnitsky Global, que visa combater a corrupção e os abusos dos direitos humanos.
Três funcionários chechenos e o ministério ao qual estavam ligados também foram incluídos na lista de restrições do Tesouro por sua participação na prisão de Oyub Titiev, chefe da ONG russa de direitos humanos Memorial na Chechênia, condenado por porte de drogas em um caso envolvendo seus apoiadores, considerado pelo Ocidente como uma montagem.
"As decisões de hoje demonstram que os Estados Unidos continuarão a impor consequências concretas e significativas àqueles que cometem atos de corrupção ou estão ligados a graves abusos dos direitos humanos", disse a diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro (OFAC), Andrea Gacki, citada no comunicado.
"Condenamos os ataques da Rússia aos corredores humanitários na Ucrânia e pedimos à Rússia que encerre sua guerra brutal e não provocada contra a Ucrânia", completou.
As sanções do Tesouro congelam todos os ativos que os envolvidos possam ter nos Estados Unidos e proíbem qualquer transação através do sistema financeiro dos EUA.
O Departamento de Estado dos EUA na terça-feira também anunciou medidas contra 11 funcionários do Ministério da Defesa russo em resposta à invasão da Ucrânia.
Buscando aumentar a pressão econômica sobre o governo de Vladimir Putin e os bilionários russos que o apoiam, o executivo de Boris Johnson acrescentou 350 novos nomes à lista de indivíduos sancionados - 51 dos quais são oligarcas e seus parentes, elevando-a para 935.
Eles incluem o primeiro-ministro Mikhail Mishustin, o ministro da Defesa Serguei Shoigu e o ex-presidente russo Dmitri Medvedev, bem como o secretário de imprensa de Putin, Dmitry Peskov, e a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
A estes somam-se um total de 70 empresas e filiais também sancionadas.
"Estamos indo mais longe e mais rápido do que nunca para atingir aqueles mais próximos de Putin, desde os principais oligarcas até seu primeiro-ministro e os propagandistas que vendem suas mentiras e desinformações. Nós os responsabilizamos por sua cumplicidade nos crimes da Rússia", disse a secretária das Relações Exteriores britânica, Liz Truss, anunciando as novas sanções ao Parlamento.
Essas sanções, que nas últimas semanas já haviam sido aplicadas a magnatas como Roman Abramovich - proprietário do clube de futebol londrino Chelsea - incluem o congelamento de bens, a impossibilidade de fazer negócios com indivíduos e empresas britânicas e a proibição de viajar ao país.
O Reino Unido também impôs sanções comerciais nesta terça-feira, visando o setor de luxo tão valorizado pelos bilionários russos, incluindo um aumento de 35 pontos percentuais nas tarifas sobre produtos como vodka, peles de animais e metais como prata, alumínio, cobre e aço.
As empresas britânicas não poderão exportar para a Rússia produtos de luxo como automóveis, obras de arte e peças de moda, informou o ministério do Comércio Internacional em um comunicado
"Nossas novas tarifas isolarão ainda mais a economia russa do comércio mundial, garantindo que não se beneficie do sistema internacional baseado em regras que não respeita", disse o ministro das Finanças, Rishi Sunak, citado no comunicado.
"As tarifas se somam aos esforços do Reino Unido para impedir o acesso da Rússia às finanças internacionais, sancionar os comparsas de Putin e exercer pressão econômica máxima sobre seu regime", acrescentou.
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