Jornal britânico reveça que Rússia contratou 400 mercenários para assassinar presidente da UcrâniaAFP

O embaixador da China nos Estados Unidos disse neste domingo (20) que seu país não enviou armas à Rússia para uso na Ucrânia, mas recusou-se a descartar definitivamente a possibilidade de que Pequim o faça num futuro próximo.

Questionado no canal CBS se a China poderia enviar dinheiro ou armas à Rússia, o embaixador Qin Gang falou sobre o presente e disse: "Há desinformações de que a China fornece assistência militar à Rússia. Nós as rechaçamos.”

Em uma longa chamada telefônica na sexta-feira, o presidente americano Joe Biden advertiu seu homólogo chinês Xi Jinping que haveria "consequências" para Pequim se fornecesse apoio material a Moscou na guerra na Ucrânia.

"O que a China está fazendo é enviar alimentos, medicamentos, sacos de dormir e fórmula para bebês, não armas ou munições para qualquer das partes", esclareceu o representante chinês no programa "Face the Nation".

Pequim tem evitado até agora criticar seu aliado russo pela invasão da Ucrânia, apesar da insistência de autoridades americanas, britânicas e outras nesse sentido.

Em suas declarações, Qin Gang garantiu que seu país continua "promovendo as negociações de paz e pedindo um cessar-fogo imediato."
O tipo de condenação pública da Rússia promovida por muitos no Ocidente "não ajuda", disse ele. "Precisamos de razão. Precisamos de coragem. E precisamos de boa diplomacia", justificou.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que as potências ocidentais devem levar em conta as preocupações de segurança da Rússia.

Segundo analistas, se Pequim ajudar militarmente a Rússia, poderia transformar um conflito transatlântico já explosivo em uma disputa mundial com o Ocidente contra a segunda maior economia do mundo, o que provocaria turbulências nos mercados internacionais.