Fotógrafo Maks Levinreprodução

Maks Levin, fotógrafo e documentarista ucraniano, foi encontrado morto nas proximidades da capital da Ucrânia, Kiev, depois de ser considerado desaparecido por mais de duas semanas, informou a presidência neste sábado, 2.
"Ele desapareceu na zona de hostilidades em 13 de março, na região de Kiev", a capital ucraniana enfrentou uma prolongada tentativa de cerco das tropas russas, informou o conselheiro presidencial Andriy Yermak.
"Em 1º de abril, o corpo foi encontrado perto da localidade de Gouta Mezhyguirska", acrescentou.
Maksim (mais pelo diminutivo Maks) Levin, de 40 anos, "estava desarmado e foi atingido por dois tiros disparados por militares das Forças Armadas russas", afirmou o MP ucraniano em um comunicado.
A Procuradoria anunciou que abriu uma investigação sobre o caso, "por violação das leis e normas da guerra".
O repórter, pai de quatro filhos, colaborou com vários meios de comunicação da Ucrânia e internacionais.
Em 2014, no início da guerra contra os separatistas pró-Rússia apoiados por Moscou no leste da Ucrânia, ele conseguiu sair de uma cidade do sudeste que estava cercada, onde centenas de soldados ucranianos morreram em poucos dias.
"Estava desarmado, usava um colete à prova de balas com a palavra "Imprensa" e o mataram, assim como outros cinco jornalistas desde o início da guerra na Ucrânia", afirmou a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
Jornalistas ucranianos e de países ocidentais morreram e dezenas ficaram feridos na Ucrânia desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro.
Ao menos três deles morreram ao nordeste de Kiev, onde os combates se tornaram mais intensos entre as forças ucranianas e o exército russo, antes de um recuo nos últimos dias das tropas russas.