Bombeiros tentam extinguir um incêndio depois que um míssil atingiu um prédio nos arredores de Kharkiv, na UcrâniaSERGEY BOBOK/AFP
O ataque foi executado pelo Sandworm, um grupo de hackers com vínculos com os serviços de inteligência russos, de acordo com o 'Computer Emergency Response Team' (CERT) ucraniano.
O ataque pretendia deixar milhões de ucranianos sem energia elétrica e deveria acontecer em duas fases, segundo a agência governamental. Um primeiro ataque ocorreu em fevereiro e o segundo, evitado, estava previsto para 8 de abril.
Embora o malware do grupo tenha conseguido penetrar no sistema de gestão de rede da instalação, não provocou nenhum corte de energia, afirmou Victor Jora, funcionário de alto escalão do governo ucraniano, em entrevista coletiva.
O ataque utilizou um malware chamado Industroyer2, acrescentou Jora, uma versão atualizada de um malware usado em dezembro de 2015 contra as instalações de energia elétrica do país e que deixou centenas de milhares de residências sem luz.
"Os ocupantes não apenas não respeitam as normas do direito internacional, como também não conseguem controlar de maneira correta seus homens. Tudo isto cria um nível tão elevado de perigo nas estradas que somos obrigados a evitar a abertura de corredores humanitários hoje", acrescentou.
A Ucrânia acusa de maneira sistemática a Rússia de não respeitar o cessar-fogo nos corredores humanitários, mas é incomum que as autoridades renunciem por completo aos mesmos. A última suspensão completa de retirada de civis havia acontecido em 28 de março.
As autoridades do leste da Ucrânia pediram para que os civis abandonem a região ante a iminente ofensiva russa nesta área do país.
De acordo com a nota, 150 deles estavam feridos e foram levados para um hospital de Mariupol. Na madrugada de quarta-feira, uma reportagem do canal público Rússia 24 já havia anunciado a rendição de mais de 1 mil soldados nesta localidade. As imagens mostram homens com roupas camufladas transportando feridos em macas ou interrogados, de pé, no que parecia ser uma caverna.
Na terça-feira, as autoridades regionais do sudeste da Ucrânia afirmaram que pelo menos 20 mil pessoas morreram em Mariupol, bombardeada há mais de 40 dias. Os combates se concentram agora na gigantesca zona industrial da cidade.
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