Pessoas reagem ao se reunirem perto de uma vala comum na cidade de Bucha, a noroeste da capital ucraniana Kiev, neste domingo, 3 SERGEI SUPINSKY / AFP
O funcionário afirmou, em entrevista coletiva, que "95% das pessoas foram mortas com rifles de alta precisão ou outras armas leves" nesta cidade nos arredores do noroeste de Kiev.
"Durante a ocupação (russa), pessoas foram baleadas nas ruas (...) É impossível esconder esse tipo de crime no século XXI. Não só há testemunhas, mas também foi registrado em vídeo", acrescentou.
Os próprios habitantes de Bucha enterraram as vítimas durante a ocupação russa, cujas tropas se retiraram em 30 de março, depois de quase um mês lá.
O prefeito de Bucha, Anatoli Fedoruk, garantiu que mais de 400 corpos foram encontrados após a partida das tropas russas. Dias depois, jornalistas da AFP viram 20 corpos de homens vestidos como civis, um deles com as mãos amarradas, caídos em uma rua. Dezenas de outros corpos apareceram mais tarde, bem como várias valas comuns.
Os massacres de Bucha despertaram grande comoção e condenação da comunidade internacional e levaram os aliados de Kiev a tomar novas sanções contra a Rússia.
"Os ocupantes dispararam contra uma das áreas residenciais da cidade de Kharkiv. Infelizmente, 34 pessoas ficaram feridas, incluindo três crianças. Sete pessoas morreram, incluindo uma criança de sete meses", disse Oleg Sinegoubov no Telegram.
"O segundo exército do mundo [o exército russo], como você pode ver, só pode lutar contra a população civil", ironizou, pedindo aos habitantes que não saíssem, exceto para o estritamente necessário.
No início desta sexta-feira, sete civis foram mortos e outros 27 ficaram feridos em um tiroteio russo em ônibus de evacuação na região de Kharkiv, segundo a procuradoria ucraniana.
Mais de 500 civis foram mortos nesta região que faz fronteira com a Rússia desde que a invasão da Ucrânia começou em 24 de fevereiro, anunciou Sinegubov na quinta-feira.
Kharkiv é a segunda maior cidade do país e antes da guerra tinha cerca de 1,5 milhão de habitantes. Foi palco de combates violentos durante dias no início do conflito, mas continua controlada pelas forças ucranianas.
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