Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pede para se reunir com Putin para negociar fim da guerraAFP
"Acredito que quem começou a guerra poderá pôr fim nela", disse Zelensky em uma coletiva de imprensa em uma estação de metrô no centro de Kiev. O líder ucraniano reiterou que não tinha "medo" de se reunir com Putin, se isso permitisse alcançar um acordo de paz entre os dois países.
Porém, ao mesmo tempo em que pediu um encontro com Putin, Zelensky também advertiu à Rússia que encerrará todas as negociações de paz caso soldados ucranianos sejam mortos em Mariupol, no sudeste do país.
"Se nossos homens forem assassinados em Mariupol e se forem organizados supostos referendos na região de Kherson (sul), a Ucrânia vai se retirar de todo processo de negociação", afirmou Zelensky em uma coletiva de imprensa em Kiev, capital ucraniana.
O exército russo anunciou, no sábado (23) pela manhã, que realizou 1.908 ataques com artilharia e foguetes nas últimas 24 horas.
"Odessa: cinco ucranianos mortos e 18 feridos. E são apenas os que conseguimos encontrar até agora", anunciou Yermak.
"É provável que o número seja maior", completou, acrescentando que, entre os mortos, está "um bebê de três meses".
No total, mísseis russos atingiram 22 instalações militares ucranianas no sábado, incluindo três depósitos de armas e munições perto de Ilyichovka e Kramatorsk (leste), que foram destruídos, disse o ministério.
Além disso, a aviação russa realizou ataques aéreos contra 79 instalações militares ucranianas, visando 16 arsenais de artilharia e combustível, segundo a mesma fonte.
"Amanhã, virão nos visitar autoridades americanas: me reunirei com o ministro da Defesa (Lloyd Austin) e com Antony Blinken", disse Zelensky em uma coletiva de imprensa em uma estação de metrô de Kiev.
Será a primeira visita oficial de membros do governo americano desde 24 de fevereiro.
Zelesnky também disse que espera que seu homólogo americano, Joe Biden, vá a Kiev para "apoiar o povo ucraniano", quando a questão da segurança o permitir.
O mandatário ucraniano precisou que as conversas de domingo se centrariam nas entregas de armas dos Estados Unidos à Ucrânia.
"Na semana passada, os sinais, as mensagens, os passos, os prazos, os números - me refiro às armas americanas -, tudo melhorou", disse aos jornalistas, assegurando estar "agradecido" com a administração americana, ainda que gostasse de ter "armas ainda mais pesadas e potentes" para enfrentar o exército russo.
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