Em meio à pressão da Rússia, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusa Suécia e Finlândia de abrigarem 'terroristas' AFP

Ancara - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, manteve a oposição à Finlândia e à Suécia e revelou nesta segunda-feira, 16, que não aprovará a entrada dos países nórdicos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Para admissão de novos integrantes à aliança é necessário que todos os membros concordem com a adesão. O governo turco alega falta de 'clareza' dos dois países postulantes em relação ao combate ao terrorismo.
"Não diremos sim àqueles que aplicam sanções contra a Turquia para entrar na organização de segurança Otan", disse Erdogan.
Vale destacar que a Suécia suspendeu em 2019 a venda de armas à Turquia por discordância da operação militar praticada na vizinha Síria. Após a invasão da Rússia à Ucrânia, Finlândia e Suécia se aproximaram da Aliança Atlântica. Em meio às ameaças do presidente russo, Vladimir Putin, os dois países intensificaram as negociações diplomáticas.
Os dois países anunciaram oficialmente sua intenção de solicitar o ingresso na Otan após a invasão russa da Ucrânia, mas a Turquia ameaça bloquear a ampliação do Aliança Atlântica acusando-os de abrigar grupos "terroristas", entre eles milicianos curdos.

Irredutível, Erdogan afirmou que as delegações sueca e finlandesa não precisam se dar ao trabalho de visitar a capital Ancara na tentativa de demovê-lo do voto contrário à entrada dois países na Otan. O presidente turco apontou o histórico das nações nórdicas de abrigar militantes curdos.