Outros quaro grupos foram removidos da listaAFP
Estados Unidos removem cinco grupos extremistas da lista de organizações terroristas
Dentre os movimentos excluídos está o ETA, dissolvido há quatro anos
Os Estados Unidos removeram nesta sexta-feira (20) cinco grupos extremistas, incluindo o movimento separatista basco ETA, dissolvido há quatro anos, de sua lista de "organizações terroristas estrangeiras", embora continuarão sendo considerados "entidades terroristas globais".
Fundado em 1959 durante a ditadura do general Francisco Franco (1939-1975), Euskadi Ta Askatasuna (País Basco e Liberdade, em basco) cometeu inúmeros atentados, assassinatos e sequestros na Espanha e na França, sendo responsável por mais de 850 mortes. Em maio de 2018, oito anos depois de declarar um cessar-fogo, anunciou sua dissolução definitiva.
Além do ETA, o grupo extremista judeu Kahane Chai, ligado ao falecido rabino Meir Kahane, e a organização jihadista palestina Mujahidin Shura Council em Jerusalém foram removidos da lista.
Os outros são Aum Shinrikyo (Verdade Suprema de Aum), a seita japonesa cujos membros realizaram o ataque com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995, e o grupo islâmico egípcio Jamaa Islamiya, outrora liderado pelo "xeque cego" Omar Abdel Rahman, morto na prisão nos Estados Unidos.
A inclusão em 1997 desses grupos na lista de "organizações terroristas estrangeiras" permitiu que Washington lhes impusesse sanções, em particular financeiras.
Mas a revisão periódica exigida pela lei americana determinou que esses movimentos "não estão mais envolvidos em terrorismo ou atividades terroristas, e não têm mais capacidade ou intenção de fazê-lo", segundo o Departamento de Estado em comunicado.
"Essas revogações não procuram ignorar ou desculpar os atos terroristas em que cada um desses grupos participou anteriormente ou os danos que as organizações causaram às suas vítimas, mas sim reconhecer o sucesso que Egito, Israel, Japão e Espanha tiveram em desativar a ameaça do terrorismo através desses grupos", acrescentou.
A remoção desses grupos não significa que estarão limpos nos Estados Unidos. Todos os cinco continuam sendo designados como "entidades terroristas globais" (SDGT, por sua sigla em ingês), o que permite a apreensão de bens e outros controles.
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