O Papa Francisco negou rumores de uma possível renúncia e de um diagnóstico de câncerAFP

Vaticano - Nove após o conclave que o elegeu como novo pontífice da Igreja Católica, o Papa Francisco desmentiu os rumores de uma possível renúncia nos próximos meses. Em entrevista exclusiva à 'Reuters', ele detalhou pela primeira vez em público o crônico problema no joelho direito e ainda revelou que sofreu uma pequena fratura quando deu um passo em falso enquanto um ligamento estava inflamado.
"Todas essas coincidências fizeram alguns pensarem que a mesma 'liturgia' aconteceria. Mas nunca passou pela minha cabeça. Por enquanto não, por enquanto não. Realmente!... Estou bem, estou melhorando lentamente", disse.
Em junho, o religioso fez o uso de cadeira de rodas em alguma ocasiões. A bengala, no entanto, tornou-se um acessório indispensável durante o processo de recuperação. A recente fratura, tratada com terapia a laser e magnética, adiou uma viagem do pontífice à África. Na entrevista, o Papa Francisco ainda negou outro boato de que teria sido diagnosticado com câncer.
"Não disseram nada sobre isso", disse, bem-humorado.
Em recuperação, o Papa Francisco foi obrigado a adiar uma série compromissos. No entanto, não está alienado quanto aos graves problemas ao redor do mundo, como a questão do desmatamento ilegal e falta de proteção aos povos indígenas na Amazônia e a guerra que devasta a Ucrânia após a invasão militar da Rússia. O pontífice confirmou os planos de visitar o Canadá em julho. Na sequência, a 'missão de paz' em Moscou e Kiev passa a ser prioridade.

"Eu gostaria de ir (para a Ucrânia), e queria ir para Moscou primeiro. A primeira coisa é ir à Rússia para tentar ajudar de alguma forma, mas gostaria de ir às duas capitais", disse Francisco.