No momento da invasão, o presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, já havia abandonado o localTwiter

Manifestantes invadiram neste sábado, 9, a residência oficial do presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, em Colombo. Segundo agências de notícias, eles pedem a renúncia do chefe do Executivo em meio a crise econômica que o país enfrenta. Por motivos de segurança, Rajapaksa já não estava na residência oficial desde a sexta-feira, 8.

Imagens de TV mostraram que os manifestantes arrombaram os portões em outros prédios do governo, como a secretaria presidencial e do Ministério das Finanças. Militares e policiais tentaram impedir as invasões, mas não conseguiram.

O primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe convocou uma reunião de emergência dos líderes do partido para discutir a situação e chegar a uma solução rápida. Ele pediu ao presidente para convocar o Parlamento, de acordo com um comunicado. Wickremesinghe também foi transferido para um local seguro.

A polícia do país havia imposto um toque de recolher em Colombo e em outras áreas urbanas da região na noite de sexta-feira, mas revogou a medida neste no sábado em meio a objeções de advogados e políticos da oposição, que a classificaram como ilegal.

A embaixadora dos Estados Unidos no Sri Lanka, Julie Chung, pediu na sexta-feira que as pessoas protestassem pacificamente e que os militares e a polícia "dessem espaço para que eles pudessem se manifestar com segurança''. "O caos e a força não vão consertar a economia ou trazer a estabilidade política que os cingaleses precisam agora'', disse Chung em um tweet.

Crise 
No mês passado, Wickremesinghe, afirmou que a economia do país entrou em colapso. Ele disse que as negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) são complexas porque o Sri Lanka estaria falido.

Em abril, o Sri Lanka anunciou a suspensão do pagamento de empréstimos estrangeiros devido a uma escassez de divisas. A dívida externa total do país é de US$ 51 bilhões, com previsão de crescimento de mais de US$ 28 bilhões até o final de 2027.