Combates recentes ameaçam acabar com o frágil processo de paz mediado pela União EuropeiaReprodução/AFP

A Armênia anunciou nesta terça feira, 13, a morte de pelo menos 49 soldados do país, em confrontos na fronteira com o Azerbaijão. Os combates são os mais violentos entre os países rivais desde a guerra de 2020 pela disputada região de Nagorno-Karabakh.
"No momento, temos 49 mortos e, lamentavelmente, não é o número definitivo", disse o primeiro-ministro Nikol Pashinyan ao Parlamento.
Os novos confrontos, que começaram durante a noite desta segunda-feira, 12, tiveram "baixas" reconhecidas pelo Azerbaijão, que não divulgou um balanço. "Os combates continuam", afirmou Pashinyan no Parlamento, antes de indicar que "a intensidade das hostilidades diminuiu" durante a manhã.
A Rússia anunciou nesta terça-feira, 13, que negociou um cessar-fogo entre Armênia e Azerbaijão. "Esperamos que o acordo alcançado como resultado da mediação russa sobre um cessar-fogo a partir das 9H00 de Moscou (3h, no horário de Brasília) de 13 de setembro seja totalmente implementado", afirmou o ministério das Relações Exteriores da Rússia em um comunicado, que destaca a "extrema preocupação" com a retomada dos combates.
"Fazemos um apelo às partes para que se abstenham de uma nova escalada", completa a nota.
Desde o final de 2020 foram registrados confrontos esporádicos entre os dois exércitos, incluindo um na última semana, quando a Armênia acusou o país vizinho de matar um de seus soldados em combates na fronteira.
Os combates recentes demonstram como a situação é volátil entre as duas ex-repúblicas soviéticas rivais do Cáucaso e ameaçam acabar com o frágil processo de paz mediado pela União Europeia.