O presidente colombiano Gustavo Petroem seu primeiro discurso perante a ONU AFP
"O consumo mortal tem aumentado, de drogas leves até as pesadas, ocorreu um genocídio em meu continente e em meu país, milhões de pessoas foram condenadas à prisão", destacou o primeiro presidente de esquerda da Colômbia, principal país produtor mundial de cocaína.
O presidente enfatizou que a estratégia que vem sendo usada há quatro décadas para acabar com o negócio lucrativo deixa apenas centenas de milhares de mortos na América do Norte e presídios superlotados no restante do continente.
"Se não corrigirmos o rumo e esta (guerra) se prolongar outros 40 anos, os Estado Unidos verão 2.800.000 jovens morrerem de overdose" e "mais um milhão de latino-americanos serão mortos", disse o líder.
Desde sua posse no dia 7 de agosto, Petro insiste em focar na prevenção do consumo no lugar da perseguição aos cultivadores de folha de coca, a base da cocaína.
"Quando é preciso por dinheiro nos fundos para salvar a humanidade eles inventam guerras, em nome do petróleo e do gás", disse Petro ao criticar também a forma como os países ricos lidam com as pessoas que sofrem de fome e sede, muitas por causa da guerra e muitas outras devido às alterações climáticas.
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