Ucrânia considera essas transferências de população como 'deportações'Reprodução

A retirada de civis da região de Kherson, no sul da Ucrânia, organizada pelas forças de ocupação russas, foi concluída em meio a uma contraofensiva ucraniana anunciou nesta sexta-feira, 28, uma autoridade pró-russa.

"O trabalho de organizar a partida dos moradores para a margem esquerda do rio Dnieper para regiões seguras na Rússia terminou", disse Sergei Aksionov, líder da Crimeia, a península vizinha de Kherson, anexada por Moscou em 2014, na quinta-feira, 27.

As autoridades russas de ocupação nesta região do sul da Ucrânia fizeram a população a atravessar o rio antes do avanço das forças ucranianas. A Ucrânia considera essas transferências de população como "deportações".

"Fico feliz que aqueles que queriam deixar com rapidez e segurança o território bombardeado pelos ucranianos conseguiram fazê-lo", disse Aksionov no Telegram, onde postou uma foto ao lado do vice-diretor da administração presidencial russa, Sergei Kiriyenko.

Na quarta-feira, 26, um funcionário responsável pela ocupação russa de Kherson, Vladimir Saldo, disse que pelo menos 70.000 moradores conseguiram deixar suas casas na área em menos de uma semana.
Por sua vez, o comando militar ucraniano indicou nesta sexta em seu relatório diário das últimas 24 horas que "continua a chamada 'evacuação' do território temporariamente ocupado de Kherson".

Aksionov também informou que ele e Kiriyenko visitaram a usina nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia.

Moscou e Kiev se culpam há meses por bombardear as instalações da usina. Os dois homens "se reuniram com a equipe e avaliaram a situação na área da usina", disse Aksionov.