Na quinta-feira, 5, a Coreia do Norte disparou um outro míssil, no Mar do JapãoAnthony Wallace/AFP

Pyongyang - A Coreia do Norte disparou nesta quarta-feira (noite de terça, 1º, no Brasil) pelo menos dez mísseis de vários tipos para o Mar do Japão (chamado de Mar do Leste nas duas Coreias), informou em nota o Exército sul-coreano, que realiza exercícios militares conjuntos com os Estados Unidos esta semana. Segundo o Exército, pela primeira vez, um dos projéteis caiu muito perto de suas águas territoriais.
Após detectar o lançamento, as autoridades sul-coreanas emitiram um alerta de ataque aéreo e instaram a população que buscasse refúgios na ilha de Ulleungdo (leste), para onde se dirigia um dos mísseis antes de cair em alto mar, reportou a agência de notícias Yonhap.
A Coreia do Norte argumentou que seu recente teste de armas pretendia emitir um aviso a Washington e Seul sobre sua série de exercícios militares conjuntos que considera um ensaio de invasão.
A Casa Branca reagiu contra os testes de Pyongyang reiterando que os exercícios fazem parte de um cronograma de treinamento de rotina com o Sul.
"Rejeitamos a noção de que eles servem para qualquer outro tipo de provocação. Deixamos claro que não temos intenção hostil em relação à RPDC e pedimos que eles se envolvam em uma diplomacia séria e sustentada", disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, na terça-feira, usando as siglas para o nome oficial da República Popular Democrática da Coreia. "Ao mesmo tempo, continuaremos a trabalhar em estreita colaboração com nossos aliados e parceiros para limitar a capacidade do Norte de avançar em seus programas de armas ilegais e ameaçar a estabilidade regional."
A Coreia do Norte aumentou suas demonstrações de armas para um ritmo recorde este ano, lançando mais de 40 mísseis balísticos, incluindo mísseis intercontinentais de desenvolvimento e um míssil de alcance intermediário disparado sobre o Japão.
Pyongyang pontuou esses testes com uma doutrina nuclear escalonada que autoriza ataques nucleares preventivos em situações de crise vagamente definidas.