Elon Musk inicia fase de demissões em massa no Twitter, com previsão de corte de metade do quadro de funcionáriosAFP

São Francisco - Após a polêmica conclusão de compra do Twitter pelo valor de US$ 44 bilhões, cerca de R$ 228 bilhões, Elon Musk coloca em prática nesta sexta-feira, 4, o plano de demissão em massa na rede social. "Começaremos o difícil processo de reduzir nosso quadro global nesta sexta-feira", informou o Twitter a seus funcionários na quinta, 3, em um e-mail ao qual a AFP teve acesso. 
De acordo com o 'Washington Post', a empresa vai demitir metade dos seus cerca de 7.5 mil empregados nos escritórios ao redor do mundo, incluindo o brasileiro, com sede em São Paulo. O fundador da Tesla pretende reduzir o custo na despesa com funcionários no valor de US$ 1 bilhão/ano, cerca de R$ 5,1 bilhões.
A mensagem eletrônica informa que todos os colaboradores receberão notícias a partir desta sexta, quando forem abertos os escritórios na Califórnia, mas não especificava quantos serão afetados.
"Reconhecemos que algumas pessoas que fizeram contribuições significativas para o Twitter serão afetadas, mas essa ação infelizmente é necessária para garantir o sucesso da empresa no futuro", informou a empresa a seus funcionários.
Tão logo assumiu o comando da empresa, Musk dissolveu o Conselho de Administração, demitiu o CEO e outros altos executivos e lançou novos projetos com metas a serem cumpridas rapidamente, como a provável cobrança de uma taxa de US$ 8 (R$ 41,19) por mês dos usuários da rede social pela verificação das contas.
O magnata chamou engenheiros da Tesla na última sexta-feira para supervisionar o trabalho dos funcionários do Twitter. No entanto, o homem mais rico do mundo já é alvo de uma ação coletiva, pois os funcionários alegam que as demissões violam a lei trabalhista federal e do estado da Califórnia, que exige aviso prévio, por escrito, de 60 dias para empresas com mais de 100 funcionários.
(Com agências internacionais)