Rishi Sunak, primeiro ministro da InglaterraOli SCARFF / AFP

Cada vez mais impopular entre a opinião pública britânica, o Brexit permanece como um tema tenso no Reino Unido. O primeiro-ministro Rishi Sunak precisou negar, nesta segunda-feira (21), estar disposto a flexibilizar as condições com que o país saiu da União Europeia.
"Permita-me ser inequívoco sobre isso. Sob minha liderança, o Reino Unido não buscará nenhuma relação com a Europa que se baseie em se alinhar com as leis da UE", afirmou o conservador durante conferência anual da principal organização de empregadores do país.
O Reino Unido efetuou sua saída da UE em janeiro de 2021, após anos de intensa batalha política para estabelecer a nova relação entre as duas partes.
No domingo, o jornal Sunday Times afirmou que, agora, "os membros do governo estão planejando conduzir o Reino Unido para uma relação semelhante à da Suíça com a União Europeia". O país não faz parte do bloco, mas se alinha com suas regras para facilitar o comércio regional. A informação causou grande agitação entre os apoiadores do Brexit.
"O governo tem que se concentrar no que precisa fazer, em vez de tentar reabrir um debate sobre Europa que já foi decidido", declarou o deputado conservador Iain Duncan Smith ao jornal The Sun.
Enquanto isso, entre a opinião pública, cada vez mais britânicos se arrependem de ter deixado a UE. Segundo uma pesquisa publicada pela YouGov na semana passada, o apoio ao Brexit está em seu nível mais baixo: 56% dos britânicos acreditam que foi um erro.
A polêmica ocorre em um momento de grave crise econômica e financeira no Reino Unido. A maioria dos economistas e empresários consideram que o Brexit é um fator agravante da crise provocada pela guerra da Ucrânia e as consequências da pandemia.