Miguel Díaz-Canel e Vladimir Putin participaram de homenagem a Fidel Castro em MoscouAFP

Moscou - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seu homólogo cubano, Miguel Díaz-Canel, apresentaram nesta terça-feira, 22, uma frente unida contra os Estados Unidos, seu "inimigo" comum, e criticaram as sanções ocidentais. Os líderes participaram da inauguração de um monumento de bronze em homenagem a Fidel Castro em Moscou. Em seu discurso, Putin elogiou o revolucionário cubano como um homem "brilhante".
O chefe do Kremlin, que enviou tropas à Ucrânia e deflagrou a guerra em fevereiro, elogiou a amizade de décadas de Moscou com Cuba e disse que os dois países deveriam intensificar sua cooperação.
"Sempre nos opusemos a vários tipos de restrições, embargos, bloqueios", disse Putin ao líder cubano, no Kremlin, celebrando o apoio de Havana a Moscou na cena internacional.
Díaz-Canel afirmou, por sua vez, que sua visita a Moscou teve um significado "profundo". "Em primeiro lugar, ocorre porque ambos os países - Rússia e Cuba - estão sujeitos a sanções injustas e arbitrárias que continuam, e têm um inimigo comum, o império ianque que manipula grande parte do mundo", declarou.
O presidente cubano apoiou a Rússia em seu confronto com países ocidentais e defendeu que Moscou deve se manter firme. Cuba está sob sanções dos Estados Unidos há mais de seis décadas, enquanto a Rússia se encontra pressionada por uma onda de sanções ocidentais sem precedentes desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano.
Díaz-Canel espera que a visita à Rússia ajude a impulsionar o setor energético de seu país, em meio a prolongados apagões e à escassez de combustível.
 
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