Linchamento aconteceu em 2021Reprodução
Os réus foram condenados pelo linchamento de Djamel Bensmail, um voluntário na aldeia de Larbaa Nath Irathen, na província de Tizi Ouzou (nordeste), para ajudar a apagar incêndios florestais que deixaram 90 mortos em menos de um semana, em agosto de 2021.
Inicialmente, a imprensa local noticiou 48 sentenças de morte, mas, de acordo com a agência oficial APS, foram proferidas 49.
Apesar da pena de morte estar prevista no Código Penal da Argélia, ela não é mais aplicada em razão de uma moratória em vigor desde 1993.
Os réus, que compareceram perante o tribunal de Dar El Beida, em Argel, foram processados por "atos terroristas e subversivos contra o Estado e contra a unidade nacional" e "homicídio doloso com premeditação", segundo a acusação.
Imagens nas redes sociais mostraram uma multidão cercando a van da polícia e retirando o homem do veículo. Bensmail foi, então, espancado e queimado vivo, enquanto jovens tiravam "selfies" em frente ao cadáver.
O pai da vítima, Noureddine Bensmail, foi aclamado como herói nacional depois de pedir calma e fraternidade entre os argelinos.
Trechos de vídeos publicados pelos réus nas redes sociais, mostrando detalhes do crime, foram exibidos durante o julgamento, que começou na terça-feira, 22.
Os vídeos mostram o linchamento de Djamel Bensmail, queimado vivo e despojado de seus pertences pessoais, incluindo seu celular.
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