Jantar de Donald Trump com Kanye West gerou críticas por parte da Casa Branca e do Partido RepublicanoTimothy A. Clary / AFP

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi duramente criticado, neste sábado (26), pela Casa Branca e por parte de seu próprio Partido Republicano por jantar esta semana com o rapper Kanye West e um supremacista branco.
West, que atende pelo nome de Ye, tem estado no centro de uma série de polêmicas, inclusive por postar declarações denunciadas como antissemitas em suas redes sociais.
Aspirante à candidatura republicana nas eleições presidenciais de 2024, Trump confirmou que participou de um jantar com a estrela da moda e do rap em Mar-a-Lago, sua residência na Flórida, o que logo despertou fortes críticas por parte das lideranças políticas do país.
"A intolerância, o ódio e o antissemitismo não têm lugar nos Estados Unidos, nem mesmo em Mar-a-Lago", disse o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates.
No jantar, também estava presente Nick Fuentes, um jovem de 24 anos conhecido por espalhar ideias supremacistas brancas com seus podcasts.
Segundo a organização Liga Antidifamação (ADL, na sigla em inglês), Fuentes também é um negacionista do Holocausto judeu na Segunda Guerra Mundial.
"Você não quer saber o que penso sobre isso", declarou o presidente Joe Biden, por sua vez, ao ser questionado.
Protestos também surgiram dentro do campo de Trump.
"Qualquer encontro, mesmo por cortesia, com um antissemita como Kanye West e uma escória como Nick Fuentes é inaceitável", afirmou David Friedman, embaixador dos EUA em Israel durante a presidência do magnata republicano.
"Quero dizer ao meu amigo Donald Trump que ele é melhor do que isso", tuitou o diplomata.
O ex-inquilino da Casa Branca se defendeu em suas redes sociais, garantindo que a refeição foi "rápida" e "sem incidentes". Ele indicou que se deu "muito bem" com Kanye West, que não tinha feito "nenhum comentário antissemita".