Irina Shcherbakova, cofundadora da associação russa MemorialReprodução
"Estou absolutamente convencida de que não há solução diplomática possível com o regime de Putin enquanto ele estiver lá", disse Shcherbakova, que deixou a Rússia em exílio após o início da invasão russa da Ucrânia. Atualmente vive na Alemanha.
"A solução que está sendo apresentada agora é uma solução militar", declarou a militante russa, que recebeu o prêmio Marion Doenhoff na cidade do norte da Alemanha por sua defesa dos direitos humanos na Rússia.
Shcherbakova disse que uma negociação diplomática só poderá ocorrer "quando a Ucrânia considerar a guerra como vencida e que pode ser encerrada".
O chanceler alemão, Olaf Scholz, que entregou o prêmio a Marion Doenhoff, afirmou que os esforços de Shcherbakova mostram o caminho para "um futuro melhor para a Rússia".
Scholz afirmou que a guerra não pode terminar como "uma vitória do expansionismo russo", mas a Rússia "sempre estará lá" após o fim do conflito.
Os líderes do Memorial receberão o Prêmio Nobel da Paz no dia 10 de dezembro em Oslo, juntamente com o militante bielorrusso defensor dos direitos humanos Ales Bialiatski e os chefes do Centro Ucraniano para as Liberdades Civis.
A ONG Memorial, fundada em 1989, se dedica a denunciar os crimes cometidos durante o período stalinista na União Soviética, além das violações dos direitos humanos na Rússia. A Justiça Russa proibiu esta organização no final de 2021.
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