Ex-presidente dos Estados Unidos Donald TrumpAFP

A Casa Branca e parlamentares democratas criticaram o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, por ter defendido o fim da Constituição americana, em abril deste ano. Entre republicanos também houve repercussão, porém mais contida. Trump já declarou que vai concorrer nas eleições de 2024.
O porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, disse que a Carta escrita em 1787, e ratificada no ano seguinte, é “sacrossanta” e que “há mais de 200 anos vem garantindo que a liberdade e o Estado de direito prevaleçam no nosso grande país".

“A Constituição une o povo americano — independentemente do partido — e líderes eleitos devem jurar respeitá-la (...) Atacar a Constituição e tudo que ela significa é um anátema para a alma da nação e deve ser universalmente condenado. Você não pode apenas amar os EUA quando ganha”, diz o comunicado.

A declaração de Trump foi feita no Social Truth, rede social que o próprio ex-presidente criou, em que ele ainda contesta o resultado da eleição que deu vitória a Joe Biden, em 2020.

“Então, com esta revelação de fraude maciça e disseminada e trapaças ao trabalhar ao lado de grandes empresas de tecnologia, do Comitê Nacional Democrata e do Partido Democrata, você joga fora o resultado das eleições presidenciais de 2020 e declara o vencedor legítimo ou faz uma nova eleição?”, indagou.

“Uma fraude maciça deste tipo e magnitude permite a rescisão de todas as regras, regulamentos e artigos, inclusive aqueles encontrados na Constituição”, escreveu Trump que se referia às alegações feitas pelo novo dono do Twitter, o bilionário Elon Musk, de que a rede social é culpada de “suprimir a liberdade de expressão”.

Supostas evidências de que a plataforma teria limitada o acesso a postagens sobre uma matéria do New York Post, que revelava informações que estavam no computador de Hunter Biden, filho do atual presidente americano, foram divulgadas na newsletter Matt Taibbi, com informações que Musk e sua equipe concederam.