O ataque em Paris na sexta-feira deixou três mortosReprodução/Facebook

O homem de 69 anos acusado de matar três curdos na sexta-feira, 23, em Paris seguiu em um primeiro momento para uma área do subúrbio ao norte da capital "para cometer assassinatos" contra estrangeiros, anunciou neste domingo, 25, a procuradora de Paris. O suspeito "explicou que foi durante a manhã a Saint-Denis com sua arma e munições para cometer assassinatos contra estrangeiros", afirmou a procuradora Laure Beccuau em um comunicado.
Saint-Denis é uma localidade ao norte de Paris que tem uma grande população migrante. Ele "desistiu (...) porque havia poucas pessoas e por causa da roupa que usava, que impossibilitava recarregar sua arma com facilidade", disse a procuradora.
Durante a detenção, o homem admitiu que sente um "ódio pelos estrangeiros que se tornou completamente patológico". O suspeito, que foi transferido no sábado, 24, para a enfermaria psiquiátrica da polícia, se descreveu como uma pessoa "depressiva" e com tendências "suicidas", acrescenta a nota.
Ele também afirmou que, desde que foi vítima de um assalto a sua residência em 2016, "sempre" teve o desejo de "assassinar migrantes, estrangeiros".
O homem, um condutor de trem aposentado, abriu fogo várias vezes diante de um centro cultural curdo no centro de Paris. Várias pessoas conseguiram imobilizá-lo antes da chegada da polícia. O atirador foi detido com "uma maleta com dois ou três carregadores repletos e uma caixa de cartuchos calibre 45 com pelo menos 25 cartuchos dentro", segundo uma fonte próxima ao caso.
Três pessoas, dois homens e uma mulher, morreram e três ficaram feridas, uma delas em estado grave, no ataque.