O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone com o presidente da França Emmanuel Macron na tarde desta quinta-feira (26). O brasileiro defendeu que os líderes mundiais se engajem para que a guerra entre Ucrânia e Rússia chegue ao fim.
Na avaliação do petista, a solução do atrito entre russos e ucranianos é urgente e necessita de imensa troca de opiniões entre todos os mandatários do planeta. Ele acredita que o problema será resolvido quando os líderes globais dialogarem no âmbito da ONU (Organização das Nações Unidas) e no G20.
Lula e Macron também apontaram os perigos que as democracias correm por causa da extrema-direita. Eles relembraram as ações violentas que ocorreram no Brasil no começo de janeiro e do julgamento de membros de um grupo ultradireitista que armou um plano para assassinar o presidente francês em 2018.
Eles defenderam que os países precisam se unir para encontrar soluções que combatam a desinformação e as fake news.
Outros temas internacionais
Os dois presidentes concordaram que chegou o momento de fazer uma readequação da arquitetura financeira internacional. O objetivo, na visão dos dois líderes, é fazer com que boa parte dos recursos seja usada para financiar a transição climática e o combate à fome.
As mudanças climáticas fazem parte das grandes preocupações do planeta. O petista contou quais são os objetivos da Cúpula dos Países Amazônicos que organizará nos próximos meses.
Ele destacou a importância do presidente francês participar da reunião, já que a França é o único país da Europa a compartilhar desse bioma, por meio da Guiana Francesa. Macron devolveu o convite a Lula para que o brasileiro esteja no "One Forest Summit", que França e Gabão sediarão em Libreville no início de março.
Lula ressaltou que tem dialogado com países do Mercosul para que seja concluída a negociação do acordo Mercosul-União Europeia.
Lula faz outro convite a Macron
O petista chamou Macron para que venha para o Brasil neste ano e conheça o estaleiro em Itaguaí (RJ). Estão sendo construídos no local os submarinos convencionais e o submarino a propulsão nuclear fruto da cooperação bilateral.
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