Trepova foi condenada a 27 anos de prisãoOlga Maltseva / AFP

A Justiça russa condenou, nesta quinta-feira, 25, a 27 anos de prisão, Daria Trepova, uma jovem de 26 anos acusada de assassinar um blogueiro nacionalista russo que apoiou a ofensiva na Ucrânia em 2023.

Moscou acusou Kiev de orquestrar o assassinato, que gerou muito barulho na Rússia, especialmente entre os defensores da intervenção militar na ex-república soviética. A Ucrânia nunca confirmou estar por trás do assassinato.


Daria Trepova "foi condenada a 27 anos em uma colônia penal", informou em comunicado o tribunal militar que a julgou em São Petersburgo, no noroeste da Rússia.

A jovem ouviu a decisão no banco dos réus, segundo um fotógrafo da AFP. A Promotoria havia solicitado 28 anos de prisão para Trepova.

O blogueiro Vladlen Tatarsky, cujo nome era Maxim Fomin, morreu em abril de 2023 após aceitar uma estatueta carregada de explosivos entregue por Trepova em um café em São Petersburgo. A explosão deixou cerca de 30 feridos.

A jovem foi detida por "terrorismo" e afirmou, durante o julgamento, que não sabia que transportava um artefato explosivo.

A ré também disse que foi manipulada por um contato na Ucrânia que se autodenominava "Gueshtalt". Acreditava que a estatueta tinha um dispositivo de escuta, acrescentou.

"Quero pedir desculpas pelo que aconteceu, ainda estou envergonhada", declarou ela perante os juízes, segundo a imprensa russa.

A jovem disse que aceitou a missão devido à sua oposição à ofensiva russa lançada na Ucrânia em fevereiro de 2022.