Na Austrália, diversos manifestantes se reuniram para pedir cessar-fogo na PalestinaDavid Gray
A primeira e única pausa nos combates aconteceu no fim de novembro, quando cerca de 100 reféns israelenses foram liberados em troca de prisioneiros palestinos.
A guerra foi desencadeada pelo ataque terrorista do Hamas, que matou 1,2 mil pessoas em Israel e levou mais 240 como reféns. Do lado palestino, o número de mortos passa de 30 mil, segundo o ministério da Saúde local. Estimativas americanas apontam que mais de 25 mil mulheres e crianças estão entre as vítimas.
Em quase cinco meses de guerra, as operações militares em retaliação ao ataque sem precedentes do Hamas em Israel, em 7 de outubro, deixaram 30.410 mortos na Faixa, a maioria civis, segundo o último balanço do Ministério da Saúde do território. Nas últimas 24 horas, 90 pessoas morreram, 14 delas membros da mesma família, em um bombardeio em Rafah.
No ataque dos comandos do Hamas em solo israelense, cerca de 1.160 pessoas morreram, principalmente civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados israelenses. Os islamistas sequestraram cerca de 250 pessoas, das quais 130 ainda estão detidas em Gaza, segundo as autoridades israelenses.
O conflito também causou uma catástrofe humanitária e a fome é "quase inevitável" para 2,2 milhões de pessoas, a grande maioria da população de Gaza, segundo Jens Laerke, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
O Ministério da Saúde do Hamas relatou a morte de 16 crianças por "desnutrição e desidratação" nos últimos dias. O Conselho de Segurança da ONU pediu no sábado a entrega de ajuda humanitária em "grande escala".
Protestos contra guerra
No sábado, cerca de 15 mil israelenses se somaram à marcha que chegou a Jerusalém para exigir um acordo que permita a liberação dos reféns.
A marcha começou na quarta-feira passada em Reim, sede do festival de música onde o Hamas matou cerca de 360 pessoas no dia 7 de outubro, e chegou a Jerusalém, onde os protestos devem continuar na Praça Paris, em frente à casa do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.
Após quatro dias de caminhada, na entrada de Jerusalém, os manifestantes leram os nomes dos 130 reféns que ainda estão no enclave palestino. Cerca de 30 deles já estariam mortos.
Os reféns já libertados Luis Har, Fernando Merman, Clara Merman e Gabriela Leimberg - todos da mesma família, sequestrados no kibutz Nir Yitzhak - lideraram a reta final da marcha.
Luis Har e Fernando Merman são os cidadãos israelense-argentinos que Israel resgatou no começo do ano em operação em Rafah, sul de Gaza. Clara e Gabriela foram libertadas duarante o cessar-fogo de novembro.
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