Ministras do Canadã, Alemanha e Japão reunidas durante o encontro do G7 em Capri, na ItáliaGregorio Borgia / POOL / AFP
O G7, formado por Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão, teve reunião de ministros também com a presença do Alto Representante da União Europeia. O grupo qualifica a ação iraniana como "um passo inaceitável para a desestabilização da região e uma maior escalada, que precisa ser evitada". "Nós pedimos a todas as partes, tanto na região quanto fora, que ofereçam sua contribuição positiva para este esforço coletivo" pela paz, diz o texto.The official communiqués of the #G7 Ministers’ meeting on Foreign Affairs held in Capri are available on the #G7Italy website https://t.co/SlSdI7D7Sx pic.twitter.com/zW4QdDnNqA
— G7 Italy (@G7) April 19, 2024
Segundo o G7, o Irã não deve mais fornecer apoio ao Hamas nem tomar mais ações para desestabilizar o Oriente Médio, como apoiar o grupo libanês Hezbollah e outros atores. O comunicado também diz que o fornecimento de armas pelo Irã aos Houthis, do Iêmen, representam violação de resolução da Organização das Nações Unidas e aumentam as tensões. O G7 diz que o regime iraniano será responsabilizado por suas ações e afirma estar pronto para adotar mais sanções ou tomar outras medidas, "agora e em resposta a mais iniciativas desestabilizadoras".
O grupo também reitera sua determinação de que o Irã nunca deve desenvolver ou adquirir armas nucleares. Também se diz muito preocupado com relatos de que Teerã avaliar transferir mísseis balísticos e tecnologia relacionada para a Rússia.
O comunicado condena o "brutal ataque terrorista" do Hamas em Israel em 7 de outubro, e diz que Israel tem o direito de se defender, mas "precisa cumprir totalmente a lei internacional". E lamenta todas as perdas de civis, além de "notar com grande preocupação o número inaceitável de civis, inclusive milhares de mulheres, crianças e pessoas vulneráveis que têm sido mortas em Gaza, durante a ofensiva israelense. Reitera ainda sua oposição a uma ação militar em Rafah, que exacerbaria a crise humanitária.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirma que deseja prosseguir com a guerra até a destruição do Hamas, movimento islamista palestino que considera uma organização terrorista.
Ele está decidido a iniciar uma ofensiva terrestre em Rafah, apresentada como o último reduto do Hamas, que iniciou o atual conflito com sua ofensiva em território israelense em 7 de outubro, na qual 1.170 pessoas foram assassinadas.
As operações de represália de Israel na Faixa de Gaza deixaram mais de 33.900 mortos, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas.
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