Javier Milei, presidente da ArgentinaAFP

O presidente Argentino, Javier Milei, intensificou nesta terça-feira (2) suas críticas ao governo da Bolívia pelo que chamou de "fraude montada" na tentativa frustrada de golpe de Estado em La Paz. O chefe de Estado já havia criticado o ocorrido na segunda-feira (1º).
"É conhecida a fraude montada na Bolívia e o perfeito idiota, em vez de admitir seu erro, me critica por deixar sua estupidez à vista", escreveu o chefe de Estado argentino na rede social X, sem mencionar claramente quem seria o "perfeito idiota".
Ao mesmo tempo, o Ministério das Relações Exteriores boliviano convocou o embaixador argentino em La Paz para manifestar "seu enérgico repúdio" às declarações "inamistosas, temerárias, desinformadas e tendenciosas".
A presidência argentina se baseou em "relatórios de inteligência" para afirmar que o suposto golpe fracassado não ocorreu e foi além ao considerar que "há muito tempo a democracia boliviana está em perigo, não por um golpe militar, mas porque historicamente os governos socialistas tendem a se transformar em ditaduras". O ultraliberal Milei mantém relações tensas com os governos de esquerda da região.
O presidente argentino argumentou problemas de agenda para desistir de sua participação na cúpula presidencial do Mercosul, da qual a Argentina faz parte junto com Brasil, Paraguai e Uruguai, e que será realizada na segunda-feira em Assunção, sendo representado pela ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino.