Este ano, o Marrocos registrou o janeiro mais quente já registrado no país desde 1940Reprodução
No Marrocos, mais de 20 pessoas morrem após onda de calor atingir o país
Maioria das vítimas são pessoas que sofriam de doenças crônicas e idosos
Vinte e uma pessoas morreram em 24 horas em uma cidade do centro do Marrocos por uma nova onda de calor que atingiu o país do norte da África, que enfrenta o sexto ano consecutivo de seca, anunciaram as autoridades de saúde nesta quinta-feira (24).
A Direção Geral de Meteorologia (DGM) anunciou que várias localidades sofreriam entre segunda e quarta uma forte onda de calor com temperaturas de até 48ºC, em particular na cidade de Beni Melal, a 200km de Marraquexe.
A maioria dos mortos são pessoas que sofriam de doenças crônicas e idosos, indicou a autoridade de saúde regional em um comunicado.
Este ano, o Marrocos registrou o janeiro mais quente já registrado no país desde 1940, com o termômetro marcando cerca de 37°C no meio do inverno, de acordo com o DGM.
O aumento das temperaturas é uma ameaça para o setor agrícola, crucial para a economia do país, e para os reservatórios. A evaporação da água atingiu “um milhão e meio de metros cúbicos por dia”, alertou o ministro da água, Nizar Baraka, no final de junho.
O recorde nacional de alta temperatura foi registrado em agosto de 2023 em Agadir, no sul, com 50,4°C. A mudança climática está causando eventos climáticos extremos mais duradouros, mais intensos e mais frequentes, como ondas de calor e inundações, alertam os cientistas.
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