Netanyahu insistiu que país está conduzindo "negociações, e não uma troca em que apenas damos sem receber"Jack Guez/AFP
Netanyahu pede mais pressão frente à 'rejeição obstinada' do Hamas a uma trégua em Gaza
Negociadores israelenses mantiveram conversas na última semana, em Doha, com os mediadores; Estados Unidos, Catar e Egito
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um apelo neste domingo (18) para que se "pressione o Hamas" e denunciou a "rejeição obstinada" do grupo terrorista em concordar com uma trégua em Gaza, pouco antes de uma nova visita do secretário de Estado americano a Israel. Na última semana, mediadores tentaram negociar uma trégua na região.
"O Hamas, até agora, insiste em sua rejeição e nem sequer enviou um representante às negociações de Doha. Portanto, a pressão deveria ser sobre o Hamas e (seu líder Yahya) Sinwar, não sobre o governo israelense", declarou Netanyahu, segundo um comunicado de seu gabinete.
"A forte pressão militar e a forte pressão diplomática são os únicos meios para obter a libertação dos nossos reféns", insistiu.
Os negociadores israelenses mantiveram conversas na quinta e sexta-feira em Doha com os mediadores, Estados Unidos, Catar e Egito, sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Esta trégua está associada à libertação de reféns sequestrados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro em território israelense, que desencadeou a guerra, em troca de prisioneiros palestinos.
Os negociadores israelenses informaram a Netanyahu seu "otimismo moderado", segundo seu gabinete.
"Existe a esperança de que a forte pressão dos Estados Unidos e dos mediadores sobre o Hamas permita levantar sua oposição à proposta americana", que "inclui elementos aceitáveis para Israel", conforme a nota do gabinete de Netanyahu.
Na sexta-feira, o Hamas, que não participou das negociações, disse rejeitar as "novas condições" na proposta apresentada, denunciando os "ditames americanos".
Neste domingo, Netanyahu insistiu que Israel está conduzindo "negociações, e não uma troca em que apenas damos sem receber".
"Há coisas nas quais podemos ser flexíveis e outras nas quais não podemos", reiterou.
"Portanto, além dos esforços consideráveis para trazer nossos reféns de volta, permanecemos firmes nos princípios que estabelecemos, essenciais para a segurança de Israel", acrescentou o primeiro-ministro.
O gabinete de Netanyahu também indicou que ele receberá Blinken na segunda-feira de manhã em Jerusalém, no âmbito de sua 9ª viagem ao Oriente Médio desde o início da guerra na Faixa de Gaza há mais de 10 meses.
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