Israel continua realizando ataques contra o grupo islâmico, principalmente no sul de BeiruteRabih Daher/AFP
ONU acusa Israel de querer 'destruir' o sistema de saúde em Gaza
Relatório destaca os maus-tratos infligidos aos palestinos detidos no país e aos reféns sequestrados pelo Hamas
Investigadores da ONU acusaram Israel de "crimes de guerra e crimes contra a humanidade" nesta quinta-feira (10) por atacar deliberadamente instalações de saúde na Faixa de Gaza, enquanto torturam e matam o pessoal médico.
"Israel promove uma política orquestrada de destruição do sistema de saúde de Gaza como parte da sua ofensiva em Gaza", disse a Comissão Internacional de Investigação Independente das Nações Unidas em um comunicado nesta quinta-feira.
O país "comete crimes de guerra e crimes contra a humanidade, extermínio, com ataques incessantes e deliberados contra pessoal e instalações médicas", acrescentaram.
Esta comissão de três membros, criada pelo Conselho de Direitos Humanos em maio de 2021 para investigar suspeitas de violações do direito internacional em Israel e nos territórios palestinos, publicou o seu segundo relatório desde que a guerra eclodiu no enclave palestino, após o ataque de 7 de outubro de 2023 realizado pelo movimento islamista Hamas contra o sul de Israel.
O relatório destaca os maus-tratos infligidos aos palestinos detidos em Israel e aos reféns sequestrados pelo Hamas em Gaza, acusando tanto Israel como os grupos armados palestinos de "tortura" e violência sexual.
Israel, por sua vez, acusou a comissão de "discriminação sistemática" contra si e rejeitou completamente as conclusões do relatório de junho, que o acusou de cometer crimes contra a humanidade, entre eles o "extermínio" em Gaza.