Trump assinou uma série de decretos executivos para redefinir o conceito de cidadaniaAFP
A ação se concentra em duas medidas específicas: uma regulamentação do condado de Cook (que inclui Chicago) que proíbe oficiais locais de participar de operações de imigração, e uma lei de Chicago que impede a polícia de prender pessoas com base em seu status migratório e restringe o compartilhamento de informações sobre imigrantes com autoridades federais. O governo Trump alega que essas leis contradizem o interesse comum de remover criminosos do país.
Entre 2022 e 2024, Chicago recebeu dezenas de milhares de imigrantes que chegaram à fronteira sul dos EUA em busca de asilo. Muitos foram transportados para a cidade pelo governo republicano do Texas, em uma manobra política para pressionar governos democratas a lidar com o crescente fluxo migratório. Chicago, considerada uma cidade-santuário, tornou-se alvo frequente da administração Trump, que promete deportar milhões de imigrantes, muitos dos quais são rotulados como criminosos.
Medidas controversas de Trump
No entanto, essas ações enfrentam resistência judicial. Nesta quinta-feira, um juiz federal em Seattle emitiu uma liminar que bloqueia o decreto que restringe a cidadania por nascimento. O juiz John Coughenour afirmou que a Constituição não pode ser usada para "jogos políticos" e que qualquer mudança no direito à cidadania exigiria uma alteração na própria Constituição.
Reações e implicações
Enquanto o governo Trump insiste em sua agenda anti-imigração, as cidades-santuário e seus defensores argumentam que as leis locais são necessárias para proteger comunidades imigrantes e manter a confiança entre a população e as autoridades. O embate judicial promete prolongar-se, refletindo as profundas divisões políticas e ideológicas sobre a imigração nos Estados Unidos.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.