O governo do Colorado aprovou um primeiro sistema financeiro para a indústria da maconha, que será composto por uma rede de cooperativas criadas para dar aos negócios um modo de acessar serviços bancários básicos.
O plano busca mudar a realidade da nova indústria, que lida apenas com dinheiro vivo. Isso porque em geral os bancos rejeitam oferecer aos empreendedores que vendem a droga até mesmo serviços de conferência de contas porque temem a lei federal, que considera a maconha e seus negócios ilegais.
Como consequência, proprietários de lojas que vendem a droga têm de lidar com grandes quantias de dinheiro, o que os tornam alvos de roubos. Eles também podem ser ver obrigados a enganar os bancos sobre a origem do dinheiro.
A lei permitiria aos negócios da maconha colocarem dinheiro em cooperativas, mas ela somente teria efeito se o banco central americano, o Federal Reserve, concordar com que as cooperativas aceitem cartões de crédito e cheques.
Setor se desenvolve após nova lei
O Colorado se tornou o primeiro estado a permitir a venda de maconha para uso recreacional no início do ano. Washington também deve permitir o uso recreacional a partir de julho.
Os negócios em torno da legalização da droga se multiplicam. Os produtos oferecidos vão desde concentrados da erva, tecnologias como a vaporização, que evitam o fumo; cápsulas, produtos feitos com a maconha e óleos extraídos da erva. Agências de publicidade, empresas de segurança, seguradoras e o comércio eletrônico também já têm com foco a nova indústria.
Já existe um instituto para carreiras relacionadas ao setor, o Cannabis Career Institute. Os empreendedores buscam programadores, especialistas em segurança, químicos e biólogos e cientistas de laboratório.
Bancos se recusam oferecer serviços
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos disse em fevereiro que os bancos poderiam servir a indústria da maconha sob certas condições.
Os Estados querem coletar impostos com as vendas da maconha, e ter conta em um banco facilita este processo. Porém, muitos bancos reclamaram sobre as condições, que consideraram onerosas.
Apenas alguns bancos estão aceitando clientes que vendem maconha sob as condições da lei federal. O banco Numerica, por exemplo, aceita fornecer serviços a plantadores e processadores da droga.