Por marta.valim

A América Latina e o Caribe receberam US$ 184,92 bilhões em 2013 de investimentos estrangeiros diretos (IED), um novo recorde que significa 5% a mais que no ano anterior, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

"Na última década, o investimento estrangeiro direto na América Latina e Caribe quadruplicou", disse a secretária executiva da Cepal Alicia Bárcena. 

O crescimento dos investimentos foi sustentado pelo aumento da demanda interna e pelos altos preços dos produtos primários exportados pela região, de acordo com o relatório apresentado nesta quinta-feira na sede da Cepal, em Santiago, no Chile.

Nos últimos dois anos, contudo, o preço dos metais registrou queda, e a expansão econômica desacelerou. Por isso, a Cepal "prevê que em 2014 as entradas de IED terão leve queda".

O Brasil continua sendo o maior destino de IED, com US$ 64,046 bilhões em 2013, seguido do México, com US$ 38,286 bilhões. Os fluxos de investimentos estrangeiros caíram em relação ao ano anterior em Chile (-29%), Argentina (-25%) e Peru (-17%). 

A Europa é a região que mais investe na América Latina e no Caribe. Os Estados Unidos são os maiores investidores individuais, e, consideradas as dificuldades para obter estatísticas oficiais, acredita-se que, desde 2010, a China tenha investido cerca de US$ 10 bilhões por ano em toda a região.

A queda dos preços das matérias-primas fez baixar a rentabilidade média das empresas transnacionais na região para menos de 6%, nível mais baixo em uma década, mas o faturamento total subiu e chegou a US$ 111,662 bilhões em 2013.


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