Por marta.valim
Biden e Dilma conversaram sobre segurança na internet, a situação do Iraque e da VenezuelaRoberto Stuckert Filho/PR

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou nesta terça-feira a organização da Copa no Brasil e disse que o país correspondeu às suas expectativas como sede do Mundial de Futebol. Biden assistiu ontem ao jogo de estreia da seleção americana na competição. Os Estados Unidos venceram Gana, por 2 a 1, em partida disputada na Arena das Dunas, em Natal.

"O Brasil fez um trabalho incrível. Queríamos mostrar o nosso apoio ao país e ao povo brasileiro como sede dos jogos", disse o vice-presidente, que acompanhou o jogo com uma neta e um sobrinho. Biden agradeceu a hospitalidade dos brasileiros, da presidenta Dilma e do vice-presidente Michel Temer, que o recebeu nesta manhã no Palácio do Jaburu.

Em declaração à imprensa nesta tarde, o vice-presidente americano anunciou um programa de colaboração do governo dos Estados Unidos com a Comissão da Verdade brasileira. Ele entregou hoje ao governo do Brasil documentos norte-americanos classificados referentes ao período militar (1964-1985). Segundo Biden, espera-se que, compreendendo melhor o passado, possa haver mais mais tranquilidade em relação ao futuro.

O vice-presidente falou ainda do estreitamento das relações bilaterais entre os Estados Unidos e o Brasil, ressaltando o volume do comércio entre as nações e os investimentos diretos norte-americanos, que chegam a US$ 80 bilhões.

"Somos duas grandes democracias com um povo empreendedor. Temos uma clara convergência de valores com o Brasil e nenhum óbvio conflito de interesses. Temos um grande potencial para fortalecer as relações, e isso foi refletido na nossa conversa de hoje", disse, referindo-se a assuntos tratados com a presidenta Dilma Rousseff.

Sobre assuntos globais, Biden informou que Dilma e ele conversaram sobre segurança na internet, a situação do Iraque e da Venezuela.

"O céu é o limite para o que podemos alcançar juntos. Podemos trazer benefícios imensos para ambos os nossos povos, para todo o hemisfério e o mundo nas próximas décadas", afirmou o vice-presidente emericano.

Ele voltou a falar sobre os casos de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, que já havia mencionado na manhã de hoje, quando disse que confia norestabelecimento das relações com o Brasil após as denúncias de que governantes de vários países foram alvo de escuta dos norte-americanos. "Eu sei que esse assunto é de grande importância para as pessoas aqui, e é de grande importância para nós também. Dilma e eu tivemos uma conversa sincera sobre isso", destacou Biden.

Sobre o Iraque, Biden informou que os Estados Unidos estão trabalhando para apoiar o governo iraquiano e que as autoridades americanas estão em contato com os líderes do país. Segundo ele, os Estados Unidos esperam que o novo governo do Iraque, cujas eleições foram reconhecidas pela Corte Suprema do país ontem, garanta que todas as vozes do povo sejam ouvidas, dando fim a embates sectários.

Biden lamentou as enchentes nos estados de Santa Catarina e do Paraná, para onde a presidenta Dilma Roussef seguiu viagem após o encontro com o norte-americano, e disse que suas preces estão com as pessoas afetadas.

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