Por bruno.dutra
Tóquio - O núcleo da inflação anual japonesa ao consumidor desacelerou pelo quarto mês consecutivo em novembro, devido em grande parte à queda nos preços do petróleo, destacando os desafios que o banco central enfrenta para alcançar sua meta de inflação de 2%.
Ao mesmo tempo, a produção industrial caiu inesperadamente e os salários reais marcaram a maior queda em cinco anos, ressaltando a fragilidade da recuperação e um golpe para as políticas de estímulo do primeiro-ministro Shinzo Abe destinadas a tirar a economia da estagnação.
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O núcleo do índice de preços ao consumidor, que exclui os voláteis preços de alimentos frescos mas inclui derivados de petróleo, subiu 2,7% em novembro sobre o ano anterior, em linha com a previsão do mercado.
Excluindo os efeitos do aumento do imposto de vendas feito em abril, a inflação ao consumidor foi de 0,7%, desacelerando de 0,9% em outubro, muito aquém da meta do Banco do Japão de 2%.
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"Enquanto a economia está se recuperando, a queda dos preços do petróleo e da inflação desacelerando forçará o banco central a afrouxar a política ainda mais em algum momento do próximo ano", disse o economista sênior do SMBC Nikko Securities, Hiroshi Watanabe.
A inflação geral ao consumidor do país subiu 2,4% em novembro, na comparação anual, sobre 2,9% antes. A produção industrial encolheu 0,6% em novembro, após dois meses consecutivos de ganhos.