Genebra - O enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Staffan de Mistura, informou que as negociações de paz sobre a Síria serão retomadas no dia 9 de março. A princípio, os debates deveriam iniciar dois dias antes. Em nota, o representante afirmou que a demora "servirá para permitir um tempo suficiente para enfrentar as questões logísticas e práticas" de ambos os lados das conversas.
Apesar de denúncias de violações, o cessar-fogo no país está sendo respeitado na maior parte das regiões que são controladas por rebeldes que lutam contra o governo e em áreas governistas. Iniciado no dia 26 de fevereiro, o acordo assinado por Estados Unidos, Rússia e oposição e governo sírio visa acalmar os ânimos para iniciar uma nova rodada de negociações. Durante esse período, apenas ataques aéreos contra os grupos terroristas Estado Islâmico (EI, ex-Isis) e Frente al-Nusra estão "liberados" pela ONU.
Para mostrar boa vontade, o presidente do país, Bashar al-Assad, afirmou que está disposto a dar "anistia plena" aos opositores que lutam contra seu governo se eles depuserem suas armas. "Simplesmente, desistam de suas armas. O fato de quererem participar de um processo político ou que, ao contrário, não estão interessados nisso, ou que não seguem uma agenda política, não me interessa.
Para mim, é importante do ponto de vista jurídico e constitucional, no interesse do povo sírio é que não haja o direito de andar por aí com armas e blindados e direcioná-los aos cidadãos e aos seus bens", disse Assad à emissora alemã "ARD".
Jihadistas holandeses são mortos
Ao menos oito cidadãos holandeses que lutavam ao lado do EI foram mortos por membros do próprio grupo na província de Raqqa, sob a acusação de terem se rebelado e tentado abandonar a luta, informaram grupos ativistas sírios. Segundo um deles, as execuções ocorreram no dia 26 de fevereiro e ocorreram contra oito dos 75 jihadistas holandeses que estão na Síria.
