Por rafael.souza

Cazaquistão - Europa e Rússia lançaram nesta segunda-feira uma espaçonave de uma missão conjunta que irá buscar sinais de vida em Marte e deixar os seres humanos um passo mais próximos de ir ao planeta vermelho pessoalmente.

A espaçonave, parte do programa ExoMars, partiu do espaçoporto de Baikonur, no Cazaquistão, a bordo de um foguete Proton, dando início a uma jornada de sete meses pelo espaço. A nave levará uma sonda atmosférica que irá estudar traços de gases como o metano, um elemento químico que está fortemente vinculado à vida na Terra, que missões marcianas anteriores detectaram na atmosfera do planeta. "Por que estamos tão interessados em Marte? Estamos tentando entender como a vida se originou em nosso sistema solar", disse Pascale Ehrenfreund, chefe do comitê executivo da agência espacial alemã DLR, em um evento de lançamento da Agência Espacial Europeia.

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Os cientistas acreditam que o metano pode ser derivado de micro-organismos conhecidos como metanogênicos, e especulam que ou eles se extinguiram milhões de anos atrás e deixaram gás congelado abaixo da superfície do planeta, ou organismos que produzem metano ainda sobrevivem. Outra explicação para o metano na atmosfera de Marte é que ele é produzido por fenômenos geológicos, como a oxidação do ferro.

A nave também irá levar uma instalação terrestre que irá testar tecnologias necessárias para o uso de um veículo que deve ser enviado em 2018, um passo necessário para superar os desafios práticos e tecnológicos de  possíveis voos tripulados a Marte no futuro. "Tenho certeza de que, em 20 ou 30 anos, chegará o momento no qual os humanos irão ao planeta", afirmou Thomas Reiter, diretor de Voos Espaciais Tripulados e Exploração Robótica da agência espacial.

A segunda parte da missão ExoMars irá levar um veículo europeu para a superfície do planeta em 2018. Ele será o primeiro capaz de se mover pela superfície e perfurar o solo para coletar e analisar amostras.

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