Por lucas.cardoso
A arquiteta%2C Zaha HadidReprodução flickr Forgermind Archmedia

Nova York - Morreu nesta quinta-feira, aos 65 anos, a arquiteta iraquiana Zaha Hadid, conhecida pelos seus projetos futuristas e por ter sido a primeira mulher a vencer o Pritzker, o "Nobel da arquitetura".

Hadid foi vítima de um infarto em um hospital de Miami onde havia sido internada para tratar de uma bronquite. Nascida em Bagdá, capital do Iraque, ela estudou em Beirute, no Líbano, e em Londres, no Reino Unido.

Esta última abriga uma de suas principais obras, o futurista centro aquático das Olimpíadas de 2012. Na Itália, ela assina o Museu Nacional das Artes do Século 21 (Maxxi), em Roma; a estação de trem de Afragola, em Nápoles, que tem inauguração prevista para agosto de 2016; o distrito de CityLife, em Milão, que deve ser concluído em 2018; e uma estação marítima em Salerno, em fase final de construção.

Outros projetos de destaque são a ópera de Guangzhou, na China, e o prédio central da montadora BMW, em Leipzig, na Alemanha. Suas curvas arrojadas, modernas e futuristas lhe renderam o Prêmio Pritzker pelo conjunto de sua obra, em 2004. Ela foi a primeira mulher a receber a principal honraria da arquitetura.

"É com grande tristeza que confirmamos sua morte repentina", diz um comunicado do estúdio Zaha Hadid Architects, sediado em Londres e que define a iraquiana como "a maior arquiteta do mundo". Inicialmente, ela enfrentou muitas dificuldades para se afirmar no Reino Unido e por muitos anos não ganhou comissões no país.

"A morte de Zaha Hadid é motivo de luto para todo o mundo da cultura e para a Itália, país ao qual ela está ligada pela forte marca arquitetônica do Maxxi, de Roma. O uso inovador dos volumes e dos espaços que caracterizaram sua arquitetura se expressou da melhor forma nesse edifício", declarou o ministro italiano dos Bens Culturais, Dario Fraceschini.

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