Por adriano.araujo

Roma - O Papa Francisco levou em seu avião três famílias de refugiados sírios de volta para Roma, neste sábado, após visitar a ilha de Lesbos, na Grécia. As famílias foram escolhidas de forma aleatória, depois que o Papa visitou o campo de Moria, que abriga cerca de 3 mil pessoas. Os migrantes foram às lágrimas e imploraram por ajuda. Eles chegaram a Lesbos antes de um acordo entre a União Europeia e a Turquia passar a vigorar para interromper o fluxo de migrantes em 20 de março.

Segundo comunicado do Vaticano, “o Papa desejava fazer um gesto de boas vindas a respeito dos refugiados, acompanhando em seu avião a Roma três famílias de refugiados da Síria, 12 pessoas ao todo, incluindo seis crianças”. Em seu discurso aos refugiados, o Papa frisou: “Quero dizer a vocês que não estão sozinhos. Como pessoas de fé, juntamo-nos a suas vozes para falar por vocês. Não percam a esperança!”.

O Papa Francisco levou 12 refugiados sírios para a Itália. Famílias foram escolhidas de forma aleatóriaEfe

O Papa Francisco chegou à ilha de Lesbos às 10h05 deste sábado (horário local, às 4h05 em Brasília), foi recebido pelo primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, e pelo patriarca ecumênico Bartolomeo, e fez uma visita humanitária de quatro horas.

Além de visitar o acampamento, o Pontífice se reuniu no porto de Mitilene, capital da ilha grega, com cidadãos e membros da comunidade católica. “A Europa é a pátria dos direitos humanos, e qualquer um que colocar o pé em solo europeu deveria poder experimentá-los. Assim, será mais ciente de ter, por sua vez, que respeitá-los e defendê-los. Infelizmente, alguns, entre eles muitas crianças, não conseguiram sequer chegar; perderam a vida no mar, vítimas de uma viagem desumana e submetidos às humilhações de carrascos infames”, disse o Papa Francisco.

Antes de viajar à Grécia, o Papa Francisco encontrou-se, no Vaticano, com o pré-candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Bernie Sanders. 

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