Por rafael.souza

Iraque - Uma série de ataques com bombas atingiu mercados abertos em bairros de maioria xiita de Bagdá nesta terça-feira e matou pelo menos 36 pessoas, afirmaram autoridades. O episódio é o mais recente entre as ações dos militantes longe das linhas de combate no norte e oeste do país, onde as forças do Iraque enfrentam o Estado Islâmico.

Nenhum grupo reivindicou a autoria da ação até o momento, mas ele leva as marcas do Estado Islâmico, que cometeu recentemente ataques na capital iraquiana e em outros locais. O grupo extremista controla áreas significativas no norte e oeste do Iraque, inclusive na segunda maior cidade do país, Mossul.

O atentado mais mortífero desta terça-feira ocorreu no bairro de Shaab, no nordeste de Bagdá, onde pelo menos 28 pessoas morreram e 65 se feriram. Uma bomba explodiu perto do mercado a céu aberto e posteriormente um homem-bomba detonou os explosivos que levava, em meio às pessoas que tentavam ajudar as vítimas da primeira explosão, disse um policial.

Pouco depois, um carro-bomba atingiu um mercado de frutas e vegetais no bairro de Dora, também de maioria xiita, no sul da capital, matou oito pessoas e feriu 22, segundo outro policial. Autoridades do setor de saúde confirmaram o número de vítimas, mas todas pediram anonimato.

Locais comerciais e públicos em áreas dominadas pelos xiitas estão entre os alvos mais frequentes dos militantes sunitas que buscam minar os esforços do governo iraquiano para manter a segurança dentro da capital. Mas o Estado Islâmico não ataca apenas em Bagdá.

Mais cedo, trabalhadores do setor de petróleo retomaram o trabalho em uma usina de gás natural ao norte da capital, dois anos após um ataque coordenado do Estado Islâmico deixar pelo menos 14 mortos, segundo uma autoridade do Ministério do Petróleo.

Ataques do Estado Islâmico mataram mais de 140 pessoas desde a semana passada no Iraque. Em 2014, o grupo declarou um califado islâmico no território que controlava no Iraque e na Síria - no auge de seu poder, estima-se que tenha chegado a controlar quase um terço do Iraque e da Síria. O governo iraquiano diz que agora o grupo se viu reduzido a 14% do território do Iraque. 

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