Por rafael.souza

Paris - O advogado Frank Berton, um dos advogados do extremista islâmico Salah Abdeslan, informou que seu cliente não quis se pronunciar no depoimento desta sexta-feira e que irá fazê-lo mais tarde. A informação foi dada à agência de notícias France Presse.

O integrante do comando radical muçulmano que atacou Paris no dia 13 de novembro chegou cedo ao Palácio da Justiça para ser ouvido pelos juízes de instrução, no primeiro interrogatório após as investigações dos ataques que mataram 130 pessoas. “Salah Abdeslam usou o seu direito ao silêncio, recusando-se a responder às perguntas do juiz", disse o procurador de Paris.

Salah AbdeslanDivulgação / Ministry of Interior Belgium

“Também não quis especificar as razões que o levaram a fazer o uso do seu direito ao silêncio. Recusou-se a confirmar, do mesmo modo, as declarações que havia feito anteriormente à polícia e ao juiz de instrução belga”, acrescentou. "Ele [Salah Abdeslam] quis exercer o direito ao silêncio, devemos dar-lhe tempo", disse Frank Berton.

O advogado do acusado lamentou que o seu cliente esteja numa cela da prisão de Fleury-Merogis, em Paris, sob vídeovigilância permanente. "Sente-se vigiado as 24 horas do dia, isso não o deixa em boas condições", acrescentou. O defensor disse ainda que pretende conversar sobre o assunto com o ministro da Justiça francês.

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