Por felipe.martins

Rio - Homem acusado de matar a deputada britânica Jo Cox na última quinta-feira disse neste sábado em tribunal que seu nome é “Morte a traidores, liberdade à Grã-Bretanha”. Foi a primeira aparição em público de Thomas Mair, de 52 anos, desde que foi preso pela polícia na cidade de Birstall, Yorkshire, onde Cox foi baleada e esfaqueada.

Após a declaração de ódio, Mair, que é adepto do neonazismo, não fez mais comentários até o fim da audiência que durou cerca de 15 minutos. Ele foi colocado em detenção na prisão de segurança máxima de Belmarsh, sudeste de Londres, e deve comparecer novamente ante a justiça amanhã, no tribunal de Old Bailey.

Partidária da permanência do Reino Unido na União Europeia%2C Jo Cox foi assassinada na quinta-feiraEfe

O assassinato da parlamentar aconteceu em um momento delicado para o país. Na próxima quinta-feira, 23 de junho, os britânicos votarão um referendo que decidirá se o Reino Unido continua ou não na União Europeia. Cox era uma ardente apoiadora da permanência britânica no bloco e sua morte colocou em dúvida a votação. Ambos os lados da consulta pública suspenderam até amanhã suas campanhas antes do referendo, que tem sérias implicações tanto para UE quanto para a Grã-Bretanha.

No entanto, os números mostram que o apoio à permanência na UE é maior neste momento. De acordo com a pesquisa Survation para o jornal Mail on Sunday, divulgada ontem, a opção por ficar no bloco tem 45% dos votos e a opção por sair tem 42%.

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