Por thiago.antunes

Caracas - Simpatizantes da oposição da Venezuela fizeram filas em todo o país nesta segunda-feira para validar as assinaturas que fazem parte do longo processo de convocação de referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro, altamente impopular devido à crise econômica do país.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) exige que todos aqueles que firmaram o pedido de referendo de Maduro voltem às seções eleitorais para que suas assinaturas sejam confirmadas com impressão digital.
Os adversários do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv) afirmam que a exigência é parte de esforço do CNE para atrasar a consulta popular a pedido de Maduro.

Centenas de eleitores aguardam para validar assinaturas do referendo em seção eleitoral de CaracasEfe

“Isto é necessário porque a situação política do país é insustentável, o que estamos vivendo é horrível”, disse à Reuters José Gomez, comerciante de 45 anos, em uma fila de centenas de pessoas em um das seções eleitorais da capital, Caracas.

A queda recente no preço do petróleo devastou o modelo econômico socialista da nação-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), levando a filas imensas de consumidores, prateleiras de supermercados vazias e uma revolta crescente entre os 30 milhões de habitantes.
Maduro, eleito em 2013 após a morte do presidente e padrinho político Hugo Chávez, insiste que é vítima de uma “guerra econômica” liderada por empresários com apoio de Washington.

Nesta segunda, Caracas também passou por um susto. Um homem armado invadiu o Banco Central da Venezuela e funcionários estavam abaixados em seus escritórios. Ele acabou morto. “Uma pessoa armada entrou”, afirmou uma das fontes por mensagem de texto, de dentro do escritório, no centro de Caracas. “Estamos fechados em nosso escritório. Nós não sabemos o que está acontecendo.”

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