Por clarissa.sardenberg

Rio - A prisão da célula suspeita de planejar um ataque terrorista durante os Jogos Olímpicos do Rio nesta quinta-feira pela Polícia Federal (PF) repercutiu na mídia mundo afora. A Olimpíada começa em duas semanas e, praticamente, todos os sites da grande mídia destacam a notícia. "Polícia do Brasil prende dez suspeitos de planejar ataque e dois estão sendo procurados", diz o "Wall Street Journal", um dos mais importantes dos Estados Unidos.

A declaração do ministro foi amplamente noticiada. O britânico The Guardian destacou que o grupo preso é "ligado ao Estado Islâmico", assim como muitos outros fizeram, mas mencionou que segundo o ministro, o grupo foi "absolutamente amador e despreparado".

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O ministro da Justiça Alexandre de Moraes, mencionou que integrantes do grupo defendiam o uso de armas e táticas de guerrilha e chegaram a entrar em contato com o grupo terrorista Estado Islâmico na internet — pelo WhatsApp, Telegran e Facebook. Segundo ele, a célula tentou comprar um fuzil AK-47 no Paraguai.

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O "Washington Post" falou sobre as "táticas de guerrilha" e que no Brasil é fácil comprar armas vindas do Paraguai, acrescentando críticas sobre a política de segurança nas fronteiras brasileiras.

Ao todo foram expedidos 12 mandados de prisão temporária por 30 dias podendo ser prorrogados por mais 30. Entre os detidos está um menor.

A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) teria detectado, nas interceptações, conversas que sugeria os atos terroristas durante os Jogos Olímpicos do Rio. A operação ocorre a quinze dias dos Jogos Olímpicos, quando o Brasil receberá federações de atletas de todo o mundo, incluindo países que foram alvos de ataques recentes do grupo. Os mandados foram expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba, onde o processo corre em sigilo de justiça.

Entre os alvos sugeridos dos atentados estavam as delegações e visitantes dos Estados Unidos, Inglaterra, França e Israel, sendo que entre os métodos propostos estão a utilização de drones com pequenos explosivos, acidentes de trânsito e o uso de veneno e medicamentos.

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