Estados Unidos - O que têm em comum o executivo-chefe da Apple, Tim Cook, o cofundador da Microsoft Bill Gates e o criador do WikiLeaks, Julian Assange? Os três figuram no mais recente escândalo de divulgação de documentos secretos e envolvem Hillary Clinton, candidata democrata à sucessão de Barack Obama — e cada vez mais favorita.
O vazamento da hora inclui lista de personalidades sondadas a compor chapa com Hillary. Em suposta represália, cortaram a internet da Embaixada do Equador em Londres, onde Assange está exilado desde 2012.
A lista vazada do chefe de campanha de Hillary, John Podesta, incluía, além de Gates e Cook, vários senadores, entre eles Elizabeth Warren e Tim Kaine, que acabou sendo o escolhido. Podesta dividiu os candidatos por sexo e também pela origem racial (negros ou hispânicos), incluindo não somente políticos, mas também executivos e altos cargos das Forças Armadas, como o general reformado John Allen.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, pediu ao Equador que evitasse que Assange divulgasse dados secretos de Hillary Clinton durante as negociações de paz das Farc. “Múltiplas fontes nos confirmam essa história”, denunciou ontem o WikiLeaks no Twitter.
Assange não pode deixar a missão equatoriana, após ter solicitado a ajuda do governo de Quito a fim de evitar sua extradição à Suécia, país que quer interrogá-lo por crimes sexuais contra duas mulheres, o que ele nega.
O australiano, que seria detido se colocar um pé fora desse edifício, teme que uma vez na Suécia seja entregue aos Estados Unidos onde teme por sua vida, pois poderia ser julgado por crimes de espionagem pelos milhares de dados confidenciais filtrados por sua portal sobre Washington.
No dia 4, Assange falou de “fortes pressões” internacionais sobre o governo do Equador, por ocasião do 10º aniversário da organização.