Por karilayn.areias

Rio - Pela primeira vez, turistas podem dar uma olhada nos apartamentos de veraneio dos Papas, depois que Francisco decidiu que eram grandes demais para ele. Os aposentos pontifícios na residência oficial de verão sobre a colina de Castel Gandolfo, a 25 quilômetros ao sul de Roma, foram abertos pela primeira vez ao público ontem, a pedido do Papa Francisco, que nunca veraneou ali nos seus três anos de Pontificado.

Os aposentos da residência oficial de verão dos papas%2C em Castel Gandolfo%2C foram abertos à visitação pública Divulgação

A Santa Sé informou que o espaço disponível para os visitantes se estende agora aos aposentos dos Papas. Há dois anos já haviam sido abertos os jardins de Villa Barberini e, em 2015, a Galeria dos Retratos.

Os visitantes poderão ver os quartos onde mais de 15 Papas têm dormido desde o século 17. O Pontífice argentino, que já havia dispensado a luxuosa residência papal na Cidade do Vaticano, também decidiu ficar longe da propriedade de 55 hectares em Castel Gandolfo.

“Aqui, os grandes eventos da história se misturam com narrativas pessoais”, afirmou Osvaldo Gianoli, diretor dos palácios. “A abertura dos apartamentos privados tem um valor simbólico que reflete as crenças pastorais do Papa Francisco”, declarou Gianoli.
Castel Gandolfo é propriedade do Vaticano desde 1640, sendo Urbano VIII o primeiro Papa a usá-lo como residência de verão. Na Segunda Guerra, o palácio foi aberto a refugiados, e cerca de 40 crianças nasceram ali.

Em Castel Gandolfo também se encontra a sede do Observatório do Vaticano, embora a maior parte do trabalho científico seja feita hoje usando um telescópio no Arizona, nos EUA.

A novidade pode ser um alívio para moradores de Castel Gandolfo, que reclamam do clima de ‘cidade fantasma’ — e dos negócios minguados — desde a posse de Francisco. João Paulo II, por exemplo, passou ali seis anos em todo o seu Pontificado, atraindo fiéis.

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