Londres - Diante da posição de refugiado, alguns sírios acabam se sujeitando a formas de trabalho exploratório. Fábricas que confeccionam roupas para marcas europeias renomadas como Zara, Mango, Marks & Spencer e Asos são quase sempre o destino dos imigrantes, informou a EFE.
A espanhola Mango garantiu nesta segunda-feira que não autorizou os serviços da lavanderia turca Goreteks Tekstill, que, segundo uma reportagem de TV britânica, empregava refugiados sírios em situação irregular.
A reportagem revela que várias empresas de moda britânicas como Marks & Spencer e Asos e espanholas, como Mango e Zara, contam na Turquia com fornecedores que empregam refugiados sírios, em alguns casos menores, sem as permissões trabalhistas pertinentes.
No caso da Zara e Mango, os repórteres da equipe investigadora do programa "Panorama" evidenciaram que a lavanderia Goreteks, onde eram tingidos os jeans de ambas marcas, empregava refugiados sírios com turnos de 12 horas e sem a proteção pessoal adequada.
Em comunicado, a Mango garantiu hoje que esta lavanderia "não recebeu nenhuma encomenda no mês de agosto de 2016 (quando a TV foi gravar), não é um fornecedor da Mango e inclusive não consta como fornecedor de nenhuma companhia provedora da Mango".
"Os produtos de Mango achados nas instalações especificadas são uma exceção", sustenta a empresa em sua not. A Mango tomará as medidas apropriadas depois que esclarecer de maneira definitiva a incidência", informou através de comunicado.
A empresa explicou, além disso, que, após receber a notificação da reportagem, encarregou uma auditoria urgente e sem prévio aviso à instalação para verificar os fatos.
Com informações da Agência EFE