Homem é baleado em novo protesto contra Donald Trump
Manifestações ocorrem em pelo menos 20 cidades
Por tabata.uchoa
Estados Unidos - A vitória do republicano Donald Trump, eleito novo presidente dos Estados Unidos, está mobilizando milhares de manifestantes contrários ao resultado das urnas em todo o país. Um homem foi baleado na terceira noite dos protestos que tomaram conta de pelo menos 20 cidades americanas. O caso ocorreu na madrugada de sábado, no município de Portland, no estado do Oregon.
Protesto bloqueou tráfego em Portland. Um motorista atirou contra multidão%2C ferindo manifestanteEfe / EPA / Kevin Hagen
Um comunicado enviado pelo Departamento de Polícia de Portland informou que a vítima, ainda não identificada, foi ferida na ponte Morrison quando manifestantes interromperam o tráfego de veículos para protestar contra a campanha de Trump, com polêmicas declarações sobre imigrantes, muçulmanos e mulheres.
Revoltado, um homem que tentava passar com seu carro pelo local sacou uma arma e disparou contra a multidão. Socorrida, a vítima foi levada ao hospital e está em estado regular. O suspeito ainda não foi encontrado pelas autoridades.
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Antes do episódio, manifestantes atiraram objetos contra a polícia, que respondeu com gás de pimenta e bombas de efeito moral.
Também houve protestos em outras cidades, com manifestações do movimento ‘Not my president’ (Não é meu presidente, em inglês). O lema surgiu como uma hashtag no Twitter. Centenas de manifestantes também marcharam pelas ruas de Los Angeles, interrompendo a circulação de veículos. Em Nova York, manifestantes se reuniram mais uma vez em Washington Square Park e em frente à Trump Tower, onde o bilionário republicano mora.
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Depois de dizer que os protestos foram ‘incitados’ pela imprensa, Trump saudou as manifestações. “Adoro o fato de que um pequeno grupo de manifestantes demonstrou ter amor por nosso grande país. Nós vamos todos nos unir e ter orgulho”, disse Trump, em sua conta no Twitter.
Mas também há movimentos favoráveis ao novo presidente. A organização racista Ku Klux Klan na Carolina do Norte convocou para dezembro uma marcha para celebrar a vitória. ‘A raça de Trump uniu meu povo’, diz o movimento, em sua página na internet.