Por thiago.antunes
Marrakesh - A temperatura global provavelmente quebrará os recordes de calor em 2016, como já fez em 2015, segundo relatório da Organização Meteorológica Mundial (WMO,na sigla em inglês) apresentado nesta segunda-feira em Marrakech durante a COP-22.
“É muito provável que 2016 seja o ano mais quente de todos os registrados, com temperaturas que estarão 1,2 graus acima dos níveis pré-industriais”, afirma o relatório, baseando-se nos dados recolhidos entre janeiro e setembro. Entre os picos de calor inéditos, o texto cita os de Phalodi, Índia (51°); Basra, Iraque (53,9°); e Mitribah, Kuwait (54°).
Tempestades%2C como o Furacão Matthew%2C são consequências fataisEfe

O aumento de temperaturas foi associado, além disso, a registros recordes em outros fenômenos como a diminuição do gelo ártico, os incêndios florestais, a diminuição da barreira de coral e o aumento de fenômenos extremos, como o Furacão Matthew, que destroçou o Haiti mês passado, além do El Niño, particularmente virulento neste ano.

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Entre as consequências humanas, as mais graves ocorreram no Haiti (540 mortos pelo ciclone) e pelas inundações na China e Sri Lanka (mais de 500 mortos), às quais é preciso somar os milhões de afetados pelos ciclones e tornados, e o deslocamento forçado de 14,7 milhões de pessoas por secas e inundações.
A WMO propõe que o registro de temperaturas seja feito agora com valores semanais, para medir com mais precisão o impacto da mudança climática, algo necessário para que setores como a agricultura, a gestão de água, os planos energéticos e a saúde possam adaptar suas previsões mundiais.