Por thiago.antunes
Caracas - Continua a queda de braço entre parlamentares e o governo venezuelano. A Assembleia Nacional declarou nesta quarta a responsabilidade política do presidente Nicolás Maduro pela “grave” ruptura da Constituição, por violações dos direitos humanos e, principalmente, pela crise econômica e política que assola o país.
O Parlamento tenta avançar mais uma vez na deposição de Maduro e na convocação de eleições. A decisão, no entanto, não tem capacidade real de tirar o presidente do cargo.
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“Não nos resta a menor dúvida de que o presidente Maduro tem responsabilidade política”, afirmou o líder do Parlamento, Henry Ramos Allup. “A Assembleia Nacional deu um passo em falso e iniciou um golpe de Estado!”, reagiu o chefe do governo no Parlamento, Héctor Rodríguez.
Enquanto isso, Maduro mandou fechar a fronteira da Venezuela com o Brasil em Pacaraima, no Estado de Roraima. Divisas com a Colômbia também foram bloqueadas. O presidente alegou que o decreto, válido por três dias, é para combater “as máfias que estão contrabandeando a moeda nacional”. O mesmo argumento foi utilizado para a retirada de circulação de todas as notas de cem bolívares.